Grande Otelo Filho, o Nininho, filho de Grande Otelo, e Lucas H. Rossi, diretor do doc /Foto: Roberto Filho








Os desavisados de uma geração, digamos, menos jovem, que entravam no hall do Estação Net Botafogo levaram um susto. Um senhor a “fuça” do Grande Otelo (1915-1993), circulando por ali, nessa quarta (04/09).
Era Nininho, ou Carlos Sebastião Prata, ou ainda Grande Otelo Filho, na pré-estreia do doc “Othelo, o Grande”, dirigido por Lucas H. Rossi dos Santos, sobrinho de consideração do homenageado (o pai era muito amigo de Grande Otelo), produzido por Ailton Franco Jr., que venceu o prêmio de melhor documentário no Festival do Rio do ano passado e agora está entrando em cartaz nos cinemas.
“Meu pai foi uma pessoa incrível, tínhamos uma relação muito próxima. Ele era um grande amigo. Ao mesmo tempo, ser filho de Grande Otelo sempre teve um peso muito grande em todos os sentidos”, disse em discurso.
O diretor criou uma estrutura composta por trechos de entrevistas dadas por Otelo, cenas de filmes e outras imagens de arquivo.
Foram mais de 300 horas de arquivo (através de pesquisas na Cinemateca Brasileira e em outros do Brasil e dos Estados Unidos). “Fiquei de 10 a 12 anos para fazer o filme, desde a ideia até lançá-l. Foi um processo muito longo, mas prazeroso, porque me apresentou um outro lado da história do cinema brasileiro. Eu sou apaixonado pelo Grande Otelo enquanto artista e pelo Sebastião enquanto pessoa. Os dois se complementam e fizeram história juntos”, disse Lucas.
Além dos festivais nacionais, o filme participou do 13th BlackStar Film Festival, nos EUA, em agosto.